Neste meu desabafo de hoje, gostaria de referir a morte de um dos "símbolos" da história moderna da sociedade Portuguesa, neste século XX, Álvaro Cunhal. Foi uma figura marcante e incontornável do século XX, reconhecido por companheiros de luta e adversários.
Homem duro e de ideias inflexíveis. Goste-se ou não da figura(eu não), concorde-se ou não com as suas ideias(eu não), era um homem coerente nas suas ideias. Sempre defendeu aquilo que acreditava e acreditava que estaria sempre certo.
Esteve preso 12 anos, no antigo regime, 8 dos quais em solitária e nunca dobrou, quantos dos mentecaptos que hoje o criticam e/ou se alegram com a morte, do ultimo "estalinista" da Europa, podem dizer que faziam o mesmo? Ou aguentavam o mesmo?
Criou o PCP sempre na clandestinidade, conseguiu uma organização desse mesmo partido na clandestinidade e deu um grande "contributo decisivo" no "combate à ditadura. E será sempre por isso que será recordado na sociedade Portuguesa.
Deixou um PCP órfão(se já não estava), moribundo(se já não estava) e envelhecido. Foi, e seria sempre, uma figura e um combatente contra o fascismo, necessária em qualquer regime totalitário. Foi pena que não conseguiu se "modernizar", PCP incluído, e se tenha "colado" às ideias marxistas-leninistas até ao fim da sua morte, quando os ares da "perestroika" sopravam da sua "terra mãe".
Foi uma figura marcante, e controversa, da história política portuguesa, e merece, por isso, o meu maior respeito. Por isso digo ao camarada Manuel Tiago e a Álvaro Cunhal, "até amanha camarada"
Alguns elogios políticos que vejo hoje à figura de Alvaro Cunhal, são coisas que me provoca uma azia. É a febre de aparecerem sempre... Mas isto sou eu a desabafar
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