Este meu desabafo de hoje vai para as medidas do Governo do PS. Digo Governo do PS e não de Portugal, porque o sr primeiro, desculpem o secretário geral do PS, foi primeiro apresentar(ou pedir autorização) ao seus camaradas do PS, antes mesmo de as apresentar na Assembleia da Republica, ou aos Portugueses, mais uma daquelas coisas que não se surpreende, de quem não tem pulso para governar e apenas vai levando os problemas para a frente. Mas vamos ao desabafo em si...
Ora a maior novidade(entre outras) que este governo nos apresenta é o aumento do IVA de 19% para 21%, juntamente com o aumento da carga fiscal no tabaco/álcool e nos combustíveis. Ou seja, aumentos de todos os produtos de consumo. Mais uma vez os condutores irão pagar mais uma crise em Portugal. Quando os impostos sobre os automóveis, directos e indirectos, já representam cerca de 20% de todos os impostos gerados pelo estado. Uma vergonha...
Segundo as contas estes aumentos(no imediato) irá trazer uma receita ao estado, até final do ano, cerca de 500milhões de euros. Apenas 500milhões??? Quando o défice entre o que se recebe e o que se gasta é de 6,83%, que representa cerca de 5,5mil milhões de euros. Esta é que é a medida deste Governo para baixar o défice??
De movimentos contabilísticos e de macro economia, não percebo grande coisa, mas ainda sei fazer contas.
Este é um orçamento, e um défice, de 2005(despesas e receitas, geradas em 2005). Que será o ano onde o PS já será governo durante 10meses. Ou seja quase 1 ano inteiro. De quem será então o défice e o orçamento?? Do governo anterior?? Com as medidas propostas o governo espera descer de 6,83% de défice para 6,2% até 2006. Isto é a grande proposta deste governo?? Descer 0,6 décimas?
Vamos a mais números. Se o Governo irá ter 500milhões o aumento dos impostos até final do ano e as despesas irão ficar na mesma?? Ou baixar?? Que medidas irão ser tomadas para baixar as despesas do estado?? As que ele fala(IRC, aumento das reformas e a questão das reformas dos políticos(a esta já lá vamos) irá ter resultados no imediato?? Ou só lá para 2008 é que terá resultados? Enquanto a questão do aumento dos impostos, tem acção directa e diária na vida dos Portugueses e nas pequenas e médias empresas.
Para mim, que nada percebo disto, não custa nada fazer contas. Desses 500milhões, uns 100 irá ser para o aumenta da despesa(no mínimo), mas uns quantos milhões que irá tapar o buraco para a redução do consumo, e assim sendo menos receita de IVA e mais uns quantos milhões que irá ser paga a mais uns quantos milhares de desempregados que irá haver até final do ano. Façam as contas e vejam quanto sobra, desse grande sacrifício(mais um) que é pedido aos Portugueses. Mas isto são contas minhas que nada percebo disto.
Sócrates e PS, já sabiam desde o ano passado que o device andava na ordem dos 5/6%. Não venham agora com desculpas, para justificar este aumento dos impostos. Desde o tempo de Guterres(ou seja governo socialista) que o défice anda na ordem dos 5% e só baixou em 2003/2004 para 2,8% e 2,9%, respectivamente, porque foram incluídas, diversos milhões de euros em receitas extraordinárias. Porque senão os valores eram os memos. O Sócrates alem de ser incompetente é mentiroso(PS incluído) e vem agora com a conversa do défice para justificar estes aumentos de impostos. Quando já em plena campanha eleitoral se falava deste aumento. Desmentido de pronto pelo próprio Sócrates, quando já sabia que isso ia acontecer. MENTIROSO...
Os ordenados da função pública, representa 20% da despesa do estado. 20%???? Incríveis estes valores percentuais Que dão um valor de cerca 2,5mil milhões de euros. Dividam lá isso por 800mil empregados e vejam o que está por aqui. Também não sei por anda esse dinheiro, porque a minha mulher trabalha lá e ganha mal como tudo(mas isso é outros pormenores). Se houver uma gestão séria e responsável deste assunto, o estado poupa milhões de euros. Terá de haver vontade e capacidade politica para o fazer, e não vejo o Sócrates com essa capacidade. Porque o homem simplesmente não manda nada. O coelho manda mais que ele naquele governo(mas isso é outras questões).
Para finalizar, que este desabafo já vai demasiado longo, a proposta de alteração das reformas dos políticos. Ora esta medida bem sabemos que não irá ter um grande impacto nas contas do défice, mas fica sempre bem esta medida. Principalmente porque é pedido sacrifício aos portugueses e eles políticos não fazem sacrifícios nenhuns. Esta medida que e de uma demagogia de todo o tamanho, é apenas areia para os olhos dos portugueses se calarem com este "doce". Primeiro, porque ainda irá ser apresentada à assembleia da república uma alteração da lei. Segundo, mesmo que isto seja aprovado(lá para final do ano e depois a meio de 2006 saia em diário da republica), será para os novos cargos e só tem "receitas" lá para daqui a 10 anos, enquanto a dos aumentos de impostos é já para "amanha". PURA DEMAGOGIA.
Estes aumentos só irão trazer mais miséria e sacrifico aos portugueses e empresas. Mais sacrifícios de todos nós. Mas importações das empresas e menos exportações(com a balança sempre a pender para o lado errado) com isto tudo, menos riqueza do país e menos investimento. Quando o IVA em Espanha é de apenas 16%.
Mais uma vez digo neste espaço de desabafos... decisões avulsas de um governo avulso. Decisões de fantasia de um governo(e governantes) de fantasia e num pais de fantasia, que caminha a passos largos para um novo país da América da Sul.
Fica o desabafo da palhaça(muito ficará para desabafar) que ai vem e que nos espera...
quinta-feira, maio 26, 2005
quarta-feira, maio 25, 2005
Desabafos - Novo Colaborador
Como já muitos dos leitores deste blog repararam, o tempo para postar desabafos não tem sido o melhor "amigo" deste blog. Principalmente quando se quer fazer desabafos com relativa qualidade e acerto. Como nos últimos tempos tem sido esse o caso, "convidei" o amigo JLS para dar uma ajuda na questão.
O desabafo anterior já é da sua autoria e assim que conseguir ficará como um membro activo dos desabafos deste blog.
Espero que gostem dos seus desabafos.
Apenas um concelho ao novo "desabafista", discursos simples e directos amigo JLS, porque aqui o pessoal quer curto e grosso.
Um abraço.
O desabafo anterior já é da sua autoria e assim que conseguir ficará como um membro activo dos desabafos deste blog.
Espero que gostem dos seus desabafos.
Apenas um concelho ao novo "desabafista", discursos simples e directos amigo JLS, porque aqui o pessoal quer curto e grosso.
Um abraço.
Desabafo sobre o estado do País
Em primeiro lugar cumpre-me esclarecer que estou a contribuir para este "mui nobre" blog a convite desse GRANDE bloguista que é o JailBreak.
Cumpridos que estão os esclarecimentos, gostaria de abordar o tema deste desabafo e esse prende-se com o "martelar" constante dos media sobre a crise financeira orçamental e estrutural (digo eu) que o País atravessa.
Numa primeira análise às notícias dos diversos meios de comunicação sobre este tema, podemos, desde logo, concluir que o problema atingiu uma envergadura e um impacto enormes e incontornáveis e que está cá para durar. Digo que está cá para durar porque não vislumbro, nas reacções dos diversos agentes políticos da nossa praça, qualquer espécie de ideia / estratégia / abordagem realista e concreta para resolver o problema. É realmente muito fácil atirar as culpas para os outros. É muito fácil dizer que se vão defender os "teoricamente" afectados pelas possíveis pseudo-estratégias avançadas até agora pelos analistas económicos.
O alerta para a situação teve a sua proveniência numa comissão cujo responsável máximo, figura tida como de indiscutível reputação e isenção no domínio financeiro-económico, mais não fez do que pôr "preto no branco" aquilo que toda a gente sabia mas continuava sistematicamente a evitar. Podemos dissertar sobre a legitimidade do responsável da Comissão Constâncio para apresentar as suas preocupações sobre o assunto só agora, mas pergunto eu "então e o que é que esse Senhor esteve a fazer até agora? Quem melhor do que ele tinha legitimidade para intervir na opinião pública e esclarecer os Portugueses sobre o que se estava a passar? Porque é que não o fez?". Para estas perguntas de retórica já tenho eu as respostas. Muito provavelmente reinava num passado um grande clima de tensão entre o Governo e o BANCO DE PORTUGAL e demais agentes económicos. Muito provavelmente foi estratégico deixar a situação chegar a este ponto para legitimar uma alteração de elenco governativo e de políticas de fundo para resolver o tema. Contudo, continuo a julgar absolutamente ridículo demorar-se tanto tempo para concluir algo que já toda a gente sabia mas não queria considerar.
E agora? Que fazer para resolver esta situação grave?
A Europa dos 25 está fora de questão. É que, ao que parece, já vamos começar a ser multados pela Comissão Europeia devido a este assunto? Que bem se devem sentir todos aqueles que reagiram impávidos e serenos à "alteração" das regras do jogo por acção dos Governos Francês e Alemão.
Aumentar impostos? Não se tentou já isso no passado? O resultado está à vista! Como se pode pensar em aumentar impostos directos e indirectos quando, pura e simplesmente é dos livros, não devem ser aumentados os factores tributários para que a economia cresça e prolifere.
Reformar a base estrutural do Estado e introduzir uma cura de emagrecimento radical? Muitos serão aqueles que alertarão para os perigos da bulimia e anorexia que poderão decorrer daí. Os agentes sociais envolvidos, principalmente os sindicatos, terão uma palavra a dizer e nem a tão "afamada" "sociedade da informação", que deveria reinar nos Organismos Públicos, irá salvar o País do impacto que greves e demais acções de protesto irão ter na vida orgânica da Nação. Mais uma vez, os utentes é que irão perder.
Considero que a terapia de choques (fiscal ou qualquer outro) não é a adequada. A política do compromisso (dos partidos com representatividade política, dos diversos agentes sociais, dos Portugueses com o Estado), da clareza (até o mais iletrado dos "Tugas" deverá ser capaz de descrever a situação calamitosa em que nos encontramos) e da firmeza (uma vez assumido como o melhor a fazer, não se pode voltar atrás ou permitir excepções) é, na minha humilde opinião, a única possível para que o País levante a cabeça e encare o problema de frente. Não será necessário saber muito de História para saber quão valentes e abnegados são os Portugueses quando as dificuldades apertaram.
Como diria alguém conhecido: "Fica o desabafo..."
Um abraço
Zé Luis
Cumpridos que estão os esclarecimentos, gostaria de abordar o tema deste desabafo e esse prende-se com o "martelar" constante dos media sobre a crise financeira orçamental e estrutural (digo eu) que o País atravessa.
Numa primeira análise às notícias dos diversos meios de comunicação sobre este tema, podemos, desde logo, concluir que o problema atingiu uma envergadura e um impacto enormes e incontornáveis e que está cá para durar. Digo que está cá para durar porque não vislumbro, nas reacções dos diversos agentes políticos da nossa praça, qualquer espécie de ideia / estratégia / abordagem realista e concreta para resolver o problema. É realmente muito fácil atirar as culpas para os outros. É muito fácil dizer que se vão defender os "teoricamente" afectados pelas possíveis pseudo-estratégias avançadas até agora pelos analistas económicos.
O alerta para a situação teve a sua proveniência numa comissão cujo responsável máximo, figura tida como de indiscutível reputação e isenção no domínio financeiro-económico, mais não fez do que pôr "preto no branco" aquilo que toda a gente sabia mas continuava sistematicamente a evitar. Podemos dissertar sobre a legitimidade do responsável da Comissão Constâncio para apresentar as suas preocupações sobre o assunto só agora, mas pergunto eu "então e o que é que esse Senhor esteve a fazer até agora? Quem melhor do que ele tinha legitimidade para intervir na opinião pública e esclarecer os Portugueses sobre o que se estava a passar? Porque é que não o fez?". Para estas perguntas de retórica já tenho eu as respostas. Muito provavelmente reinava num passado um grande clima de tensão entre o Governo e o BANCO DE PORTUGAL e demais agentes económicos. Muito provavelmente foi estratégico deixar a situação chegar a este ponto para legitimar uma alteração de elenco governativo e de políticas de fundo para resolver o tema. Contudo, continuo a julgar absolutamente ridículo demorar-se tanto tempo para concluir algo que já toda a gente sabia mas não queria considerar.
E agora? Que fazer para resolver esta situação grave?
A Europa dos 25 está fora de questão. É que, ao que parece, já vamos começar a ser multados pela Comissão Europeia devido a este assunto? Que bem se devem sentir todos aqueles que reagiram impávidos e serenos à "alteração" das regras do jogo por acção dos Governos Francês e Alemão.
Aumentar impostos? Não se tentou já isso no passado? O resultado está à vista! Como se pode pensar em aumentar impostos directos e indirectos quando, pura e simplesmente é dos livros, não devem ser aumentados os factores tributários para que a economia cresça e prolifere.
Reformar a base estrutural do Estado e introduzir uma cura de emagrecimento radical? Muitos serão aqueles que alertarão para os perigos da bulimia e anorexia que poderão decorrer daí. Os agentes sociais envolvidos, principalmente os sindicatos, terão uma palavra a dizer e nem a tão "afamada" "sociedade da informação", que deveria reinar nos Organismos Públicos, irá salvar o País do impacto que greves e demais acções de protesto irão ter na vida orgânica da Nação. Mais uma vez, os utentes é que irão perder.
Considero que a terapia de choques (fiscal ou qualquer outro) não é a adequada. A política do compromisso (dos partidos com representatividade política, dos diversos agentes sociais, dos Portugueses com o Estado), da clareza (até o mais iletrado dos "Tugas" deverá ser capaz de descrever a situação calamitosa em que nos encontramos) e da firmeza (uma vez assumido como o melhor a fazer, não se pode voltar atrás ou permitir excepções) é, na minha humilde opinião, a única possível para que o País levante a cabeça e encare o problema de frente. Não será necessário saber muito de História para saber quão valentes e abnegados são os Portugueses quando as dificuldades apertaram.
Como diria alguém conhecido: "Fica o desabafo..."
Um abraço
Zé Luis
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