quarta-feira, agosto 03, 2005

Porsche bate recorde de vendas

Neste meu desabafo gostaria de desabafar nestes dados da marca de automóveis Porsche.

Segundo os dados que vieram a lume, as vendas em Portugal e Espanha tiveram um recorde de vendas entre Julho de 2004 e Julho de 2005.
Em Portugal estima-se que as vendas tenham crescido entre os 20% e os 30%. Muito pouco diga-se.

Alguém me pode explicar onde anda a crise de que todos falam? E que eu já aqui referi?
Onde andará essa tal crise? Para os lados dos clientes da Porsche parece que não.

É só gente invejosa. Não existe crise nenhuma. Os Portugueses é que não querem trabalhar.
Estas pessoas que compram Porsches, são as que trabalharam o suficiente para comprarem o seu carrito. Com muito sacrifício diga-se...

Será que estes que compram estes Porsches(Cayenne por ex: dos mais caros e dos que mais aumento de vendas teve) entregam os seus impostos todos?? Será que tem as declarações em dia? Será pagam tudo o devem?? Será mesmo...? Ficam as perguntas.

Portugal no seu melhor...

Fica o desabafo da vergonha deste país...

Portugal mais uma vez numa missão armada no estrangeiro

Neste meu desabafo gostaria de me referir a mais uma missão no estrangeiro por parte de militares Portugueses.

Numa altura que o país está em recessão e numa de "economizar", se pagar milhões de euros em indemnizações para substituir os administradores da CGD, fosse economizar, mas como dizia eu, numa altura que estamos em recessão, vamos gastar cerca de 2Milhões de contos nesta missão.

Não farei muitos comentários sobre os custos desta missão "humanitária", porque é outro assunto.

Neste meu desabafo gostaria apenas de referir a questão humana sobre os nossos soldados e estarmos mais uma vez exposto ao terrorismo.
Sabendo que o Afeganistão está neste momento muito "quente" e com os ataques que tem havido ultimamente sobre os soldados estrangeiros (ultimo caso ataque suicida sobre as tropas Alemãs que provocaram mortos) e a que obviamente os nossos soldados estarão sujeitos. Porque não pensem que esta é uma missão tipo GNR no Iraque(que raramente saia do quartel). Mas sim uma missão de alto risco, com contacto directo com o “inimigo” e uma acção directa nos problemas e ataques registados ao aeroporto e às áreas circundantes.
Quem tomará depois a responsabilidade de assumir as culpas perante o país e perante as famílias, se algum soldado Português morrer nesta missão? Ou irão dizer que são todos voluntários e sabiam para o que iam? Quando sabemos que isso é mentira, irão sim os contratados ou militares de carreira, que de voluntários para muitos destes casos nada têm. Apenas são profissionais das forças armadas e são obrigados a ir.
Sabendo que os países que pertencem a estas "missões" de ocupações, estão sujeitos a atentados terroristas no seu país, vamos nós nos meter novamente na boca do lobo e dar mais razões aqueles que tudo fazem pelo fanatismo das suas convicções? Quando nada temos a ver com estes problemas?
Ou o governo gosta de fazer figura na Europa e no mundo com o sangue dos portugueses??

Por motivos pessoais directos (porque meu amigo de infância ira nesta missão) e obviamente como português, espero que não aconteça nada e que todos consigam regressar sãos e salvos, de mais esta amostra do estado português, ainda com tiques do ultramar.

Para o meu amigo "lampadinha", que já lá anda à quase 10 anos, e será o seu ultimo ano de tropa contratado, apenas gostaria de lhe deixar esta mensagem, para ti e para os teus companheiros, todo o cuidado do mundo… e abre-me bem essa pestana... Um grande abraço

Fica o desabafo...

terça-feira, agosto 02, 2005

Referendo do Aborto - Mais do mesmo

Neste meu desabafo gostaria de puxar este assunto novamente, apenas para deixar algumas perguntas.

Não foi este referendo feito (democraticamente) e votado pelos Portugueses?? Porque a preocupação de agora se fazer outro?? E se der o mesmo resultado?? Daqui a 5 anos teremos outro?? Para ver se passa, ou se os Portugueses já mudaram de opinião?

Mais um assunto lateral para desviar a atenção dos Portugueses das verdadeiras questões do país. Apenas mais do mesmo…

Concorde-se ou não, com este "problema", será que é o mais importante neste país? Para o Sócrates estar tão preocupado com este referendo?

Estes assuntos e outros (tipo as listas para as presidenciais e/ou candidatos virtuais) são apenas assuntos para desviar isso mesmo... outros assuntos bem mais importantes.

Sócrates que nos explique a obsessão com a OTA e o TGV. Sócrates que nos explique quem é o(s) dono(s) dos terrenos da OTA?? Sócrates que nos explique que andou a comprar terrenos à presa nessa zona? Sócrates que nos explique quem pagará a manutenção multimilionária dessa obra TGV?? Quem acarretará com os prejuízos, que serão aos milhões como sempre, que irão haver com essa linha TGV?? Sócrates que nos apresente os estudos desses mesmos projectos.
E ainda mais recente... Sócrates que nos explique essa sua obsessão (mais uma) de querer por em tudo o que é "poleiro" homens do estado PS e que nos explique porque foram substituídos os administradores da CGD(ou menos ainda os reduziu)

Sócrates que se preocupe com os preços milionários dos combustíveis e que muito preocupa os portugueses. Sócrates que nos explique como a Galp consegue vender em Espanha gasolina a menos 0,25€(ou seja 50$ mais barata) que em Portugal. Será que Sócrates consegue explicar isto? Será só do IVA e dos impostos?? Dará essa diferença tão grande? Serão os Portugueses mais ricos?? Ganharão melhor?? Vivem melhor e por isso vá de carrega-los ainda mais?

Sócrates que nos explique onde anda os 150.000mil postos de trabalho.

Ele que nos explique estes e outros assuntos importantíssimos para o desenvolvimento do país e para as famílias portuguesas. Isso sim assuntos reais e actuais. Não referendos sobre coisas que já foram referendadas e que não tem interesse nenhum para os Portugueses neste momento.

O mais grave ainda é que os Portugueses deixam-se influenciar e/ou hipnotizar por estes assuntos laterais e não discutem ou exigem discussões sobre os problemas reais do país.

O resto é apenas poeira para os olhos dos Portugueses, que estão fartos e deixaram de acreditar seja no que for.

Fica o desabafo…

segunda-feira, agosto 01, 2005

Deputados e os subsídios de reintegração Parte II

Neste meu desabafo volto a este assunto hoje novamente.
Como já tinha referido anteriormente a este assunto hoje volto ao mesmo.

Ora ai está novamente o pagamento de reintegração dos deputados.
Pelas notícias de hoje irá ser pago 1Milhão de euros em indemnizações aos deputados com este subsidio. Como os homens precisam até se compreende.

Entre os beneficiados estão o ex-ministro da Educação, David Justino, e o ex-governador do Banco de Portugal(este então deve ser o que mais falta faz, porque não tem reformas e afins de certeza), Tavares Moreira. São os dois do PSD. Aliás, há 46 parlamentares deste partido. Um do PCP, quatro do CDS e cinco socilaistas.

Ainda há 19 ex-deputados que aguardam decisão quanto à atribuição do subsídio. Os valores destes bónus variam entre os 63 mil e os 3500 euros.

Na Lei 4/85 pode ler-se que «é atribuído um subsídio de reintegração, durante tantos meses quantos os semestres em que tiveram exercido esses cargos, de montante igual ao vencimento mensal do cargo à data da cessação de funções.

Foi posto para a opinião publica(à uns meses) a ideia que esta era umas das situações que iria acabar. Não me façam rir que hoje até estou doente.
Os deputados a votarem leis que vai contra os seus próprios interesses??

Um vergonha e uma palhaçada estas leis que são feitas para se protegerem e "mamar" uns aos outros.

Fico por aqui só hoje... fica o desabafo

domingo, julho 31, 2005

Novamento a OTA

Neste meu desabafo gostaria de apresentar alguns dados que me foram enviados para o email em relação ao "novo" Aeroporto da OTA e outro que irá ser remodelado/construído em Málaga e com as respectivas diferenças.
Tentei tirar o máximo de informação sobre este assunto para verificar se os dados estão correctos. Com os dados que consegui reunir(poucos) este números estão muito próximos da realidade.


- Aeroporto de Málaga: 320 hectares;

- Aeroporto de Lisboa: 520 hectares.

Pistas:

- Aeroporto de Málaga: 1 pista;

- Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.

Tráfego (2004):

- Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros, taxa de crescimento, 7% a 8% ao ano.

- Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de crescimento 4,5% ao ano.

Soluções para o aumento de capacidade:

Málaga:
- 1 novo terminal, investimento de 191 milhões de euros, capacidade 20 milhões de passageiros/ano. O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continua a ter uma só pista.

Lisboa:
- 1 novo aeroporto, 3.000 a 5.000 milhões de euros, solução faraónica a 40Km da cidade.

Faça a comparação tire as suas conclusões e opine.

Porque gastar dinheiro que é não é nosso, é como pimenta no cu dos outros.

Fica o desabafo...

Artigo de Opinião - Miguel Sousa Tavares.

Neste meu desabafo, gostaria de referir um artigo de Opinião de Miguel Sousa Tavares(MST) no Publico.
Apesar de não gostar muito da personagem em muitos dos seus artigos de opinião, seja como jornalista, ou como comentador de futebol. Mas neste artigo tenho de lhe tirar o chapéu. Escreve tudo aquilo que eu penso, e escreve todas as verdades com todas as letras, sobre os projectos OTA e TGV. É sem duvidas(na minha opinião) um artigo de opinião cinco estrelas.

Posto aqui o artigo com a devida referencia ao seu autor.


Jornal Publico.

UM CRIME NA OTA E OUTRO NO TGV

Por: Miguel Sousa Tavares - Jornalista.

Luís Campos e Cunha foi a primeira vítima a tombar em virtude desses crimes em preparação que se chamam aeroporto da Ota e TGV. Não se pode pedir a alguém que vem do mundo civil, sem nenhum passado político e com um currículo profissional e académico prestigiado que arrisque o seu nome e a sua credibilidade em defesa das políticas financeiras impopulares do Governo e que, depois, fique calado a ver os outros a anunciarem a festa e a deitarem os foguetes. Não se pode esperar que um ministro das Finanças dê a cara pela subida do IVA e do IRS, pelo aumento contínuo dos combustíveis e pelo congelamento de salários e reformas, que defenda em Bruxelas a seriedade da política de combate ao défice do Estado, e que, a seguir, assista em silêncio ao anúncio de uma desbragada política de despesas públicas à medida dos interesses dos caciques eleitorais do PS, da sua clientela e dos seus financiadores. O afastamento do ministro das Finanças e a sua substituição por um homem do aparelho socialista é mais do que um momento de descredibilização deste Governo, de qualquer Governo. É pior e mais fundo: é um momento de descrença, quase definitiva, na simples viabilidade deste país. É o momento em que nos foi dito, para quem ainda alimentasse ilusões, que não há políticas nacionais nem patrióticas, não há respeito do Estado pelos contribuintes e pelos portugueses que querem trabalhar, criar riqueza e viver fora da mama dos dinheiros públicos; há, simplesmente, um conúbio indecoroso entre os dependentes do partido e os dependentes do Estado. Quando oiço o actual ministro das Obras Públicas - um dos vencedores deste sujo episódio - abrir a boca e anunciar em tom displicente os milhões que se prepara para gastar, como se o dinheiro fosse dele, dá-me vontade de me transformar em "off-shore", de desaparecer no cadastro fiscal que eles querem agora tornar devassado, de mudar de país, de regras e de gente. Há anos que vimos assistindo, num crescendo de expectativas e de perplexidade, ao anunciar desses projectos megalómanos que são o TGV e o aeroporto da Ota. O mesmo país que, paulatinamente e desprezando os avisos avulsos de quem se informou, foi desmantelando as linhas férreas e o futuro do transporte ferroviário, os mesmos socialistas que, anos atrás, gastaram 120 milhões de contos no projecto falhado dos comboios pendulares, dão-nos agora como solução mágica um mapa de Portugal rasgado de TGV de norte a sul. Mas a prova de que ninguém estudou seriamente o assunto, de que ninguém sabe ao certo que necessidades serão respondidas pelo TGV, é o facto de que, a cada Governo, a cada ministro que muda, muda igualmente o mapa, o número de linhas e as explicações fornecidas. E, enquanto o único percurso que é economicamente incontestável - Lisboa-Porto - continua pendente de uma solução global, propõe-nos que concordemos com a urgência de ligar Aveiro a Salamanca ou Faro a Huelva por TGV (quantos passageiros diários haverá em média para irem de Faro a Huelva - três, cinco, sete mais o maquinista?).

Quanto ao Aeroporto da Ota, eufemisticamente baptizado de Novo Aeroporto Internacional de Lisboa, trata-se de um autêntico crime de delapidação de património público, um assalto e um insulto aos pagadores de impostos. Conforme já foi suficientemente explicado e suficientemente entendido por quem esteja de boa-fé, a Ota é inútil, desnecessário e prejudicial aos utentes do aeroporto de Lisboa. E, como o embuste já estava a ficar demasiadamente exposto e desmascarado, o Governo Sócrates tratou de o anunciar rapidamente e em definitivo, da forma lapidar explicada pelo ministro das Obras Públicas: está tomada a decisão política, agora vamos realizar os estudos. Mas tudo aquilo que importa saber já se sabe e resulta de simples senso comum: - basta olhar para o céu e comparar com outros aeroportos para perceber que a Portela não está saturada, nem se vê quando o venha a estar, tanto mais que o futuro passa não por mais aviões, mas por maiores aviões; - em complemento à Portela, existe o Montijo e, ao lado dela, existe uma outra pista, já construída, perfeitamente operacional e que é uma extensão natural das pistas da Portela, que é o aeroporto militar de Alverca - para onde podem ser desviadas todas as "low-cost", que não querem pagar as taxas da Portela e menos ainda quererão pagar as da Ota; - porque a Portela não está saturada, aí têm sido gastos rios de dinheiro nos últimos anos e, mesmo agora, anuncia-se, com o maior dos desplantes, que serão investidos mais meio bilião de euros, a título de "assistência a um doente terminal", enquanto a Ota não é feita; - os "prejuízos ambientais", decorrentes do ruído que, segundo o ministro Mário Lino, afectam a Portela são uma completa demagogia, já que pressupõem não prejuízos actuais, mas sim futuros e resultantes de se permitir a urbanização na zona de protecção do aeroporto; - a deslocação do aeroporto de Lisboa para cerca de 40 quilómetros de distância retirará à cidade uma vantagem comercial decisiva e acrescentará despesas, consumo de combustíveis, problemas de trânsito na A1 e perda de tempo à esmagadora maioria dos utentes do aeroporto, com o correspondente enriquecimento dos especuladores de terrenos na zona da Ota, empreiteiros de obras públicas e a muito especial confraria dos taxistas do aeroporto. O negócio do aeroporto é tão obviamente escandaloso que não se percebe que os candidatos à Câmara de Lisboa não façam disso a sua bandeira de combate eleitoral e que, à excepção de Carmona Rodrigues, ainda nem sequer se tenham manifestado contra. Carrilho já se sabe que não pode, sob pena de enfrentar o aparelho socialista e os interesses a ele associados, mas os outros têm obrigação de se manifestarem forte e feio contra esta coisa impensável de uma capital se ver roubada do seu aeroporto para facilitar negócios particulares outorgados pelo Estado. A Ota e o TGV, que fizeram cair o ministro Campos e Cunha, são um exemplo eloquente daquilo que ele denunciou como os investimentos públicos sem os quais o país fica melhor. Como o Alqueva, à beira de se transformar, como eu sempre previ, num lago para regadio de campos de golfe e urbanizações turísticas, ou os pendulares do ex-ministro João Cravinho, ou os estádios do Euro, esse "desígnio nacional", como lhe chamou Jorge Sampaio, e tão entusiasticamente defendido pelo então ministro José Sócrates. Os piedosos ou os muito bem intencionados dirão que é lamentável que não se aprenda com os erros do passado. Eu, por mim, confesso que já não consigo acreditar nas boas intenções e nos erros de boa-fé. Foi dito, escrito e gritado, que, dos dez estádios do Euro, não mais de três ou quatro teriam ocupação ou justificação futura. Não quiseram ouvir, chamaram-nos "velhos do Restelo" em luta contra o "progresso". Agora, os mesmos que levaram avante tal "desígnio nacional", olham para os estádios de Braga, Bessa, Aveiro, Coimbra, Leiria e Faro, transformados em desertos de betão e num encargo camarário insustentável, e propõem-nos um TGV de Faro para Huelva e um inútil aeroporto para servir pior os seus utilizadores, e querem que acreditemos que é tudo a bem da nação? Não, já não dá para acreditar. O pior que vocês imaginam é mesmo aquilo que vêem. Este país não tem saída. Tudo se faz e se repete impunemente, com cada um a tratar de si e dos seus interesses, a defender o seu lobby ou a sua corporação, o seu direito a 60 dias de férias, a reformar-se aos 50 anos ou a sacar do Estado consultorias de milhares de contos ou empreitadas de milhões. E os idiotas que paguem cada vez mais impostos para sustentar tudo isto.

Chega, é demais!


Sem mais comentários... esta aqui tudo escrito, com todas as palavras.

Fica o desabafo do MST que eu gostaria de ter tido.