Défice das contas públicas

Volto a desabafar sobre mais um assunto que apesar de já ter algum tempo, não deixa de ser actual e interessante de desabafar.

Ora depois de um ano e 4 meses de sacrifícios dos Portugueses, para reduzir o défice(menos despesa e menos défice) eis que o Banco de Portugal vem a terreno esclarecer que este governo não só não diminui a despesa publica, como a aumentou. Não só não diminui o défice das contas públicas, como o aumentou.
O endividamento das Administrações Públicas aumentou 52,5 por cento até Novembro, face ao mesmo período do ano anterior, segundo os dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal no boletim estatístico de Janeiro.
O documento, indica que nos primeiros 11 meses do ano as Administrações Públicas se endividaram em 9.357 milhões de euros, um agravamento mensal de 26,7 por cento e homólogo de 52,5 por cento.

As Administrações Públicas agregam os subsectores Estado, serviços e fundos autónomos, administração regional e local e fundos da segurança social.

De forma desagregada verifica-se que o saldo negativo da Administração Central - que junta Estado com serviços e fundos autónomos - agravou-se 55,2 por cento para 10.263 milhões de euros.

A contribuir também para o agravamento do endividamento das Administrações Públicas esteve a administração regional e local, que passou de um défice de dois milhões de euros, até Novembro de 2004, para um défice de 190 milhões de euros, nos 11 primeiros meses de 2005.

Ora segundo estes dados e estas contas andamos a fazer sacrifícios para "engordar" ainda mais o estado. Que come 48,7% das receitas fiscais.


EVOLUÇÃO DO 'BURACO' DAS CONTAS PÚBLICAS

2002* - 2003* - 2004* - 2005* - 2006**

ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS - 3864,0 - 3999,5 - 4565,3 -8866,7 - 6676,9

Administração Central - 4290,5 - 5226,5 - 7948,8 - 8881,7 -7092,1

Administração Local - 591,6 - 323,7 - 38,1 - 290,1 - 0,2

Fundos de Segurança Social - 1018,0 - 1550,7 - 3345,3 305,1 - 115,3

*Valor estimado

**Valor previsto

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

Já aqui tinha referido isto noutro desabafo qualquer, 50% do que este país produz é "comido" pela máquina do estado. Como poderá algum país conseguir ser competitivo e/ou se desenvolver neste estado de coisas?

Isto tudo apensar do aumento dos impostos nos produtos petrolíferos e energéticos (ISP), IVA e aumento do tabaco.

Valerá a pena estar a fazer todos estes sacrifícios para estes incompetentes continuarem com esta politica? Quem paga são sempre os mesmos. Quem faz os sacrifícios são sempre os mesmos.

Até quando digo eu... até quando...