segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Governo e Urgências

Neste meu pequeno desabafo de hoje gostaria de focar um assunto interessante.
O Governo está a fazer uma remodelação na saúde. Onde tem obviamente algumas coisas positivas e outras nem por isso. Neste desabafo vou apenas me focar num bem negativa. O fecho das urgências.

Como é sabido o governo prevê fechar diversas urgências e passar as populações dessas urgências para outros locais. Locais esses que por vezes estão a 1h de caminho. O governo diz que não. Como diz também que existe disponibilidade das ambulâncias para esse transporte e/ou do INEM para casos mais graves. Como aqueles que se viu no Alentejo que numa semana morreram duas pessoas por falta de assistência do INEM. Porque estavam a mais de 1 hora do local e não deslocaram para lá nenhum medico/enfermeiro do INEM. Depois aconteceu o que aconteceu.

Mas o que me leva a escrever este desabafo é as ultimas afirmações do Ministro da Saúde em relação aos protestos das populações. Sem falar daquelas onde ele afirma que a população de Chaves se estava a auto excluir de qualquer acordo ao fazer protestos. Fiquei estupefacto nessa altura com essas afirmações, como fiquei agora com as ultimas.

Diz o ministro que depois dos últimos acordos com as câmaras municipais sobre o fecho das urgências(casos de Espinho, Montijo, Fafe, Cantanhede, Santo Tirso e Macedo de Cavaleiros) que o Ministério da Saúde sempre esteve disponivel para negociações... NEGOCIAÇÕES???? Mas estas questões passam por negociações?? Mas a saúde das pessoas é negociável?

Assim ficamos a saber quem souber negociar com o ministro tem urgências, que não souber não tem. Assim sendo, quem tiver municípios de negociação, as populações tem a garantia que a sua saúde será bem negociada, quem não tiver... temos pena mas não esta incluído na negociação.

Vergonha digo eu neste desabafo... é esta maneira de prestar serviços de saúde a todos? Os mais ricos, os mais pobres e agora os que sabem negociar são tratados de maneiras diferentes.

Fica o desabafo do meu repudio sobre estas negociações...

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